quinta-feira, 26 de junho de 2008

Iº Memorial Bobby Fischer

I Memorial Bobby Fischer
Foi realizado no último sábado, dia 21 de junho, no SESI/Além Paraíba (na Ilha do Lazareto), o I Memorial Bobby Fischer, em homenagem ao grande enxadrista, Robert James Fischer, falecido no início deste ano.
Após os confrontos obteve-se a seguinte classificação final:
Campeão: Salim Cohen - 5 pontos;
2º lugar: Audrey Souza - 4 pts;
3º lugar: Chiquinho Duboné - 3 pts;
4º lugar: Marcos Tavares - 2 pts;
5° lugar: Nicholas Zóffoli (sub-18) - 1 pt; e,
6° lugar: Roni Rodrigues (sub-18), que não pontuou.

Na classificação geral o campeão ganhou um troféu com 2º e 3º colocados ganhando medalhas. Na categoria Sub-18 destaque para Nicholas Zóffoli, que além de ter sido o 1º da categoria e ser premiado com um lindo troféu, jogou de igual para igual contra Marcos Tavares e Chiquinho Duboné, inclusive tendo a chance de ganhar deste último, fato que não ocorreu pela maior experiência de Chiquinho, que soube conduzir o jogo com mais tranquilidade e se superar no final do jogo.

Realização: AEAP
Apoio: SESI
Patrocinadores: Rei Fire e JM Eletrofer (que ofertaram os troféus e medalhas

quinta-feira, 5 de junho de 2008

AEAP - Associação de Enxadristas de Além Paraíba Lista de Rating Geral(Atualizada em 02/05/2008)
1º Salim Cohen Neto - 2079. 2º Anthony Lennard - (Juiz de Fora / MG ) - 2020 . 3º Rafael Soares Barroso- (Pirapetinga) - 1975 . 4º Chicão Ribeiro - ( Carmo / RJ ) - 1754 . 5º Frank Ermeson Titonelli Casadio -1742. 6º Marcos dos Santos Tavares - 1732 . 7º Audrey Henrique de Souza - 1708. 8º Cláudio Sahione - 1690. 9º Alexandre F. Vilas-Boas - 1688 . 10º Lincoln Vieira Ribeiro - 1684. 11º Igor Thurler Barbosa - 1676 . 12º Chiquinho Duboné - 1671. 13º José Márcio da Costa Santos - 1636. 14º Wagner Marinho de Souza -( Mar de Espanha / MG ) - 1610. 15º Alexandre Alves Britto - 1604 . 16º Andre Luiz Moraes - 1527 . 17º Angelo Mendes - 1473. 18º Felipe Mattos (sub-18) -1466. 19º Cleyton Machado - (Carmo RJ ) - 1404 . 20º Jéferson Roberto Brum Silva - 1389 . 21º Igor Ferreira Junqueira - 1295 .

Iº Memorial Bobby Fischer


AEAP (Assoc de enxadristas de Alem Paraiba) Vem através deste email convidar a todos enxadristas a participar do Iº Memorial Bobby Fischer.
Será realizado no dia 21/06/2008 ás 13:30.Local SESI, Ilha do Lazareto ao lado do Poliesportivo.

Premiaçao Trofeus e Medalhas.
Premio em dinheiro do valor arrecadado das inscriçoes : 30% p/1º colocado,
20% 2º colocado ,10% 3º colocado.
Inscriçao R$ 5,00. sócios da AEAP.
Não sócios R$ 10,00...
Obs:Isento das inscriçoes jogadores que participarem sub 18, ficando assim isento tambem do premio em dinheiro.

Ass: Salim Cohen Neto

Obrigado........

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Bobby Fischer


Robert "Bobby" James Fischer (Nascimento:Chicago, 9 de março de 1943 —Falecimento: Reykjavik, 17 de Janeiro de 2008[1]) foi um famoso enxadristabr. (xadrezistapt.) originalmente norte-americano, naturalizado islandês e ex-campeão mundial de xadrez.
Vida e carreira
Filho de pai alemão, Hans-Gerhardt Fischer, um biofísico e mãe judia-suíça naturalizada norte-americana, Regina Wender, aprendeu a jogar xadrez aos seis anos com sua irmã mais velha, que o entretia com diversos jogos(dentre eles o xadrez) enquanto a mãe ia trabalhar. Mudou-se cedo para a Califórnia e pouco tempo depois para Nova Iorque, onde pôde desenvolver-se em grandes clubes seculares como o Marshall e o Manhattan.
Aos treze anos jogou a "Partida do Século" num torneio de Mestres em 1956 contra Donald Byrne, irmão de Robert Byrne, o qual também era Grande Mestre e foi vítima de uma das maiores partidas de Fischer no US-ch 1963, o qual Fischer venceu com 100% de aproveitamento, 13 em 13 possíveis e rating performance acima de 3000, feito igualado por Emanuel Lasker, na Alemanha, e Alexandr Fier, no Brasil.
Fischer venceu também o campeonato estadunidense oito vezes em oito participações (1957, 1958, 1959, 1960, 1961, 1962, 1973, 1975 e 1986), sendo a primeira aos catorze anos em 1957 e a segunda aos quinze, em 1958. Venceu jogadores tão fortes como Samuel Reshevsky (considerado pelo próprio Fischer como um dos dez melhores de todos os tempos - até então TOP 10), com tão pouca idade. De dezembro de 1962 até o fim da sua carreira, em 1992, Fischer venceu todos os torneios que disputou, exceto dois, nos quais terminou em segundo lugar: Capablanca Memorial, 1965, vencido por Boris Spassky e a Piatigorsky Cup, 1966, vencida por Smyslov. Geralmente Fischer vencia os abertos e grandes torneios que participava com 3 ou 3,5 pontos de vantagem em relação ao segundo colocado.
A principal façanha da sua carreira foi a classificação para chegar à final do mundial contra Spassky. Fischer venceu Taimanov (enxadrista top 10) por 6x0 num jogo melhor de 10. Fischer venceu Larsen (que era um dos cinco melhores jogadores do mundo) por 6x0 num jogo melhor de 10 e venceu Petrosian por 7,5x2,5 num jogo melhor de 10. Havia uma hegemonia russa desde quando Alekhine derrotou Capablanca em 1957. Após a recusa de Fischer defender o título em 1975, a hegemonia de russos voltou e durou até o indiano Viswanathan Anand vencer o Mundial FIDE de 2000.
Em 1992, Fischer voltou a disputar um encontro contra Boris Spassky.[1] Mesmo Fischer estando 20 anos afastado, enquanto Spassky permaneceu ativo durante todo este tempo, Fischer venceu com relativa facilidade e introduziu diversas novidades teóricas.
Fischer foi preso no Japão e lutou contra sua extradição para os Estados Unidos por quase um ano. A Islândia ofereceu cidadania a Fischer, tendo ele aceitado. Livre então pela cidadania islandesa, Fischer seguiu viagem para a Islândia chegando no dia 23 de março de 2005.
Em eleição feita pelo principal periódico internacional de xadrez, o Sahovski Informator, Fischer foi considerado pelos grandes mestres como o melhor enxadrista do século XX, à frente de Kasparov.
Único a vencer por 6x0 dois matches no Torneio de Candidatos. Tinha memória extraordinária, capaz de memorizar mais de 20 partidas relâmpago consecutivas. Em <http://www.surfonby.com/iqtest/iqfacts.html> consta QI = 187. Outras fontes indicam 184 e 181.
Bobby Fischer morreu em 17 de janeiro de 2008, na Islândia, aos 64 anos.[1]

Boris Spassky



Boris Vasilievich Spassky, em russo Бори́с Васильевич Спасский, (Nascimento:Leningrado, 30 de Janeiro de 1937) é um jogador de xadrez russo naturalizado francês e, antigo campeão mundial.
Aprendeu a jogar xadrez aos cinco anos de idade e, aos 18 ganhou o Campeonato do mundo de xadrez júnior, disputado na cidade belga de Antuérpia, e tornou-se grandmaster (grande mestre, distinção atribuída no mundo do xadrez segundo critérios muito restritos).
Spassky era considerado um jogador equilibrado podendo adaptar o seu estilo de jogo ao adversário, o que lhe conferiu uma boa vantagem para levar de vencida muitos grandmasters de topo. Por exemplo, no match da final do torneio dos candidatos (onde o vencedor será o contendor do campeão do mundo em título, disputando-lhe o título) contra Mikhail Tal o táctico lendário (Tbilisi, 1965), Spassky consegui conduzir o jogo evitando a força da táctica de Tal. Esta vitória conduziu-o para o seu primeiro match pelo Campeonato do Mundo contra Tigran Petrosian em 1966. Spassky acabou por perder por 12,5 – 11,5, mas ganhou o direito a desafiar Petrosian novamente três anos depois. Mais uma vez, a flexibilidade do estilo de Spassky foi a chave para a vitória que acabou por celebrar contra Petrosian, por 12,5 – 10,5, no campeonato de 1969 – ao adoptar o estilo de Petrosian.
O reinado de Boris Vasilievich Spassky como Campeão do Mundo durou apenas três anos, uma vez que perder o título para o americano Bobby Fischer em 1972, no denominado “Match do Século”. A disputa foi em Reykjavík, capital da Islândia, no auge da Guerra Fria e consequentemente foi vista como um símbolo da confrontação política existente. Fischer ganhou e Spassky voltou para a URSS em desgraça, apesar disso Spassky continuou a jogar ganhando vários campeonatos incluindo o Campeonato Soviético em 1973.
Em 1974, no apuramento dos candidatos, Spassky perdeu para a estrela em ascensão Anatoly Karpov em Leningrado, +1 -4. Karpov reconheceu publicamente a superioridade de Spassky, mas após uma série de jogos soberbos, Karpov conquistou os pontos suficientes para conquistar o match.
Nos anos seguintes Spassky mostrou-se relutante a dedicar-se totalmente ao xadrez. Confiando no seu talento natural soberbo para o jogo, e por vezes preferia jogar uma partida de ténis, em vez de trabalhar afincadamente no tabuleiro. Com efeito, o Campeonato Mundial de 1972 e o match dos candidatos contra Karpov em 1974 assinalaram o início duma fase descendente da carreira de Spassky. Spassky casou-se com uma senhora francesa na década de 70, adquirindo a nacionalidade francesa em 1978.
Em 1992 Fischer, após um afastamento de 20 anos do xadrez, reapareceu para jogar contra Spassky em Belgrado e Montenegro, reeditando o Campeonato Mundial de 1972. Na altura, Boris Spassky ocupava a 106ª posição no ranking da FIDE, enquanto Fischer, devido à sua inactividade durante 20 anos, nem aparecia na lista. Este match foi basicamente o último grande desafio de Boris, infelizmente problemas de saúde não lhe permitiram apresentar uma performance credível exceptuando em algumas partidas – o resultado foi +5 -10 =15.

Tigran Petrosian


Tigran Vartanovich Petrosian (em armênio) Տիգրան Վարդանի Պետրոսյան (Nascimento:17 de Junho de 1929, Tbilisi, Geórgia, URSS - Falecimento: 13 de Agosto de 1984, Moscou) foi um jogador de xadrez e Campeão do Mundo da modalidade.
Os seus resultados no torneio trienal, que determina o jogador que se bate com o campeão do mundo pelo título da modalidade, demonstram uma sólida evolução: 5º em Zurique em 1953; 3º lugar partilhado em Amsterdão em 1956; 3º na Jugoslávia em 1959; 1º em Curaçao em 1962. Em 1963 derrotou Mikhail Botvinnik com o resultado 12,5 – 9,5 tornando-se campeão do mundo de xadrez.
Petrosian defendeu o seu título em 1966, derrotando Boris Spassky por 12,5 – 11,5. Contudo, em 1969, o mesmo Spassky derrotou-o por 12,5 – 10,5. Em 1968, a universidade de Yerevan concedeu-lhe um mestrado, tendo Tigran apresentado a tese “Lógica no Xadrez”.
Tigran Vartanovich Petrosian foi o único jogador a ganhar um jogo a Bobby Fischer durante os últimos jogos do torneio de candidatos de 1971, acabando com a sequência impressionante de Fischer de dezanove vitórias consecutivas (6 ainda nos jogos do agrupamento Interzonal, 6 frente a Mark Taimanov, 6 frente a Larsen e ainda o primeiro jogo do seu match).
O seu nome baptiza duas importantes aberturas: a variação de Petrosian da Defesa Indiana de Rei (1. d4 Nf6 2. c4 g6 3. Nc3 Bg7 4. e4 d6 5. Nf3 O-O 6. Be2 e5 7. d5) e também a na Indiana da Rainha (1. d4 Nf6 2. c4 e6 3. Nf3 b6 4. a3).

Vasily Vasiliyevich Smyslov

Nome Completo
Vasily Vasiliyevich Smyslov
País
Rússia
Nascimento
24 de Março de 1921Moscou, Rússia
Campeão Mundial
1957-1958

Smyslov em 1947
Vasily Vasiliyevich Smyslov (Russo:Васи́лий Смысло́в) foi um enxadrista soviético e cantor de ópera, tendo sido Campeão Mundial de 1957 a 1958.

Biografia
Smyslov foi cantor (tinha uma boa voz de barítono), só se decidindo por uma carreira no xadrez ao não conseguir ser aceite no Teatro Bolshoi, após uma audição, em 1950. Posteriormente, chegou a dar recitais durante torneios de xadrez, frequentemente acompanhado pelo também GMI e pianista Mark Taimanov.
Vasily Smyslov jogou em 1948 no torneio (Campeonato do Mundo de Xadrez) organizado para determinar quem ganharia o título de campeão, sucedendo ao falecido Alexander Alekhine, acabando em segundo atrás de Mikhail Botvinnik. Após triunfar no torneio dos candidatos em 1953 em Zurique, ele ganhou o direito a jogar um match com Botvinnik no ano seguinte. Este match acabou empatado, o que implicava a conservação do título por Botvinnik. Voltaram a jogar em 1957 (Smyslov ganhara novamente o torneio de candidatos, realizado em 1956 em Amsterdão) triunfando Smyslov pelo resultado de 12,5 – 9,5. No ano seguinte Botvinnik exerceu o seu direito à desforra recuperando o título com o resultado de 12,5 – 10,5.
Vasily não voltou a qualificar-se para outra final do Campeonato do Mundo, mas continuou a jogar nas provas de qualificação. Em 1983 foi até à final dos candidatos (o match que determina com o campeão, na altura Anatoly Karpov), perdendo por 8,5 – 4,5 com o futuro campeão Garry Kasparov. Nas eliminatórias anteriores tinha defrontado Zoltan Ribi (na meia-final, com o resultado de 6,5 – 4,5) e Robert Hübner (nos quatros de final, com o resultado de 7 – 7, tendo sido a roleta a decidir o jogador a avançar).
Em 1991 Vasily Smyslov ganhou o primeiro Campeonato Mundial de Xadrez Sénior, e tem posto em acção sobre o tabuleiro os seus dotes em jogos não competitivos, desde um torneio realizado em 2001 em Amsterdão, o Klompendans Veterans versus Ladies. O seu rating ELO após o evento cifrava-se em 2494. Actualmente a sua visão está bastante debilitada.
Vasily Vasiliyevich Smyslov é conhecido pelo seu estilo posicional e, em particular, pela qualidade com que dirige os seus finais

Mikhail Botvinnik


Nome Completo
Mikhail Moiseyevich Botvinnik
País
URSS / Rússia
Nascimento
17 de Agosto de 1911São Petersburgo, Rússia
Falecimento
5 de Maio de 1995Moscou, Rússia
Campeão Mundial
1948-1963
Mikhail Moiseyevich Botvinnik (russo: Михаи́л Моисе́евич Ботви́нник), foi um grande enxadrista soviético e Campeão do Mundo de Xadrez.

Carreira
Nascido em Kuokkala, próximo de Vyborg, apareceram notícias suas no mundo do xadrez quando tinha apenas 14 anos e derrotou o campeão mundial, José Raúl Capablanca.
Progredindo de forma rápida, aos 20 anos de idade já Botvinnik era um mestre soviético de mérito firmado, tendo vencido pela primeira vez o Campeonato Soviético em 1931. Este feito repetiu-se nos anos de 1933, 1939, 1941, 1945 e 1952.
Aos 24 anos, Mikhail Botvinnik competia de igual para igual com a elite mundial, acumulando sucessos em torneios internacionais em alguns dos torneios mais fortes da época. Podemos referir as vitórias em Moscovo em 1935 (empatado com Salo Flohr e deixando para trás Emanuel Lasker e Capablanca) e em Nottingham em 1936, para além do prestigioso terceiro lugar (atrás de Reuben Fine e Paul Keres) no torneio AVRO em 1938.

Gambito Botvinnik
Sem surpresa, Botvinnik continuou a sua senda de sucesso e deteve o título de Campeão do Mundo em três períodos distintos (1948-57, 1958-60 e 1961-63). A sua longa permanência na elite mundial do xadrez é atribuída à sua impressionante dedicação ao estudo. A preparação dos jogos e a sua análise posterior não eram armas que os seus antecessores esgrimissem, sendo contudo este estudo que conferia a Botvinnik muita da sua força. A técnica em vez da táctica, perícia no final em vez das armadilhas nas aberturas.
Adoptou e desenvolveu linhas sólidas de aberturas na Nimzo-Indiana, Defesa Eslava e Defesa Francesa, que se aguentaram perante vários testes, sendo-lhe possível concentrar-se num pequeno repertório de aberturas durante os seus match’s mais importantes, permitindo-lhe frequentemente encaminhar o jogo para temas bem preparados. Por várias vezes defrontou, em encontros de treino “secretos”, mestres do calibre de Flohr, Yuri Averbakh e Viacheslav Ragozin. Foi o desvendar, muitos anos depois, dos detalhes destes encontros, que proporcionou aos historiadores do xadrez uma abordagem inteiramente nova ao reinado de Botvinnik.
É talvez surpreendente que Mikhail Moiseyevich Botvinnik não seja solidamente apontado como um concorrente ao título de melhor jogador de todos os tempos.
Por um lado, os seus feitos foram indubitavelmente impressionantes e deve ser recordado que muitos dos seus rivais, os mais jovens Paul Keres, David Bronstein, Vasily Smyslov, Mikhail Tal e Tigran Petrosian eram, por mérito próprio, jogadores formidáveis. Ele ainda iniciou uma nova forma de encarar o xadrez, com a sua forma de treino e profunda preparação das aberturas.
Por outro lado, os críticos apontam o facto de raramente aparecer em torneios após a Segunda Guerra Mundial e o seu registo fraco em match’s do campeonato do mundo – duas derrotas, das quais conseguiu recuperar o título na desforra, tendo lutado para conseguir empatar os outros dois match’s. Muitos consideram ainda que o jogo de Botvinnik era baseado na precisão dos movimentos, em vez de o ser nas jogadas intuitivas ou espectaculares – embora o jogador, de classe mundial, Reuben Fine tenha escrito que a colecção dos melhores jogos de Botvinnik era uma das “três mais belas”.

Mikhail Botvinnik contra David Bronstein em 1951
Três factores contrinbuíram para o seu registo algo inconsistente. A Segunda Guerra Mundial rebentou exactamente quando Botvinnik entrou no seu melhor período – ele poderia ter sido campeão mundial 5 anos mais cedo, se a guerra não tivesse interrompido as competições internacionais de xadrez. Ele foi o único enxadrista de classe mundial que tinha em simultâneo com a sua actividade no xadrez, uma distinta e longa carreira noutro área – o governo soviético condecorou-o pelos seus feitos em engenharia, e Fine contava uma história que mostrava que Botvinnik estava igualmente comprometido com a engenharia e o xadrez. Finalmente, os campeões do mundo anteriores estavam livres para evitar os seus concorrentes mais fortes, da mesma forma que se passa com os pesos pesados do boxe actualmente – Botvinnik foi o primeiro campeão a ter de enfrentar os seus concorrentes mais fortes de três em três anos, e ainda assim conservou o título mais tempo que qualquer um dos seus sucessores exceptuando Garry Kasparov.
Dos anos 1960 em diante, Mikhail Botvinnik preferiu, em vez da competição, dedicar-se ao desenvolvimento de programas de xadrez para computador e assistir e treinar jogadores mais novos – os três famosos K’s soviéticos Anatoly Karpov, Garry Kasparov e Vladimir Kramnik foram três dos seus muitos estudantes.

Max Euwe



Nome Completo
Machgielis Euwe
País
Países Baixos
Nascimento
20 de Maio de 1901Amsterdã, Países Baixos
Falecimento
26 de Novembro de 1981Amsterdã, Países Baixos
Campeão Mundial
1935-1937
Machgielis (Max) Euwe foi um enxadrista neerlandês e o quinto jogador a ganhar o título de Campeão do Mundo de Xadrez.
O Dr. Max Euwe estudou matemática na Universidade de Amesterdão, tendo depois leccionado matemática, primeiramente em Roterdão e posteriormente num liceu para raparigas em Amesterdão. Aplicou os seus conhecimentos em matemática ao estudo de jogos de xadrez infinitos.
Em 1921 sagrou-se campeão neerlandês de xadrez, conservando o título até 1935. Tornou-se campeão amador de xadrez corria o ano de 1928. A 15 de Dezembro de 1935, depois de 30 jogos disputados em 13 cidades diferentes num período de 80 dias, derrotou o campeão do mundo em título Alexander Alekhine, conquista que muito impulsionou o desenvolvimento do xadrez nos Países Baixos.
Em 1937, Euwe perdeu o título para Alekhine. Após a morte de Alekhine, em 1946, considerava-se que Euwe teria o direito moral à posição de campeão mundial, mas ele assentiu em participar num torneio com cinco competidores pelo título de novo campeão do mundo, torneio esse que se disputou em 1948, tendo Max Euwe acabado em quinto.
Apesar de ser mais velho quarenta anos que Bobby Fischer, Euwe ainda teve a energia e a resistência suficientes para manter o equilíbrio nos resultados entre ambos (+1 -1 =1).
Entre 1970 e 1980, foi presidente da FIDE, tendo desempenhado um papel importante na organização do famoso match entre Boris Spassky e Bobby Fischer.
Euwe escreveu muitos livros sobre xadrez, dos quais os mais conhecidos são Oordeel en Plan e uma série sobre aberturas.
Em Amesterdão existe a Max Euwe Plein (praça Max Euwe, próximo da Leidseplein).

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Alexander Alekhine


Nome Completo
Alexander Alexandrovich Alekhine
País
Rússia
Nascimento
31 de Outubro de 1892Moscovo, Rússia
Falecimento
24 de Março de 1946Estoril, Portugal
Campeão Mundial
1927-1935 e 1937-1946
Alexander Alexandrovich Alekhine (russo:Александр Александрович Але́хин) foi um enxadrista de grande nível, conhecido pelo seu estilo marcadamente atacante e campeão mundial de xadrez durante 17 anos.
Alekhine nasceu no seio de uma família abastada, o pai era proprietário de terras e membro da Duma, enquanto que a mãe era filha de um rico industrial. Foi a mãe que ensinou a Alexander e ao seu irmão a jogar xadrez, em 1903.
O primeiro feito de Alekhine no mundo de xadrez foi em 1909, aos dezessete anos, quando venceu o torneio russo de xadrez para amadores, disputado em São Petersburgo, com um resultado de doze vitórias, dois empates e duas derrotas. Este torneio foi disputado em simultâneo com o de profissionais, ganho por Emanuel Lasker e Akiba Rubinstein. A vitória valeu a Alekhine o título de mestre nacional. Mais tarde neste ano, nos Estados Unidos, o cubano José Raúl Capablanca, na altura com 23 anos de idade, chocou os jogadores americanos ao esmagar Frank Marshall. As vidas de Capablanca e Alekhine iriam cruzar-se em breve.
Em 1914, após ser disputado um torneio em São Petersburgo, Alekhine e Capablanca pertenciam ao grupo dos cinco primeiros jogadores a ganhar o título de grandmaster. Alekhine era bastante cosmopolita, viveu em vários países e falava russo, alemão, francês e inglês.
Depois da Revolução Russa, em 1919, foi dado como suspeito de espionagem e preso em Odessa. Ao ser libertado mudou-se para França em 1921, onde, quatro anos depois, adquiriu a cidadania e entrou na faculdade de Direito da Sorbonne. Apesar da sua tese sobre o sistema prisional chinês não ter sido terminada, ficou conhecido como Dr. Alekhine para o resto da sua vida.
Em 1927 arrebatou a Capablanca o título de campeão do mundo de xadrez. Apesar de acordado nas condições impostas para que o match decorresse que haveria direito a desforra, Alekhine recusou-se a jogar a desforra, em vez disso jogou dois matches contra Efim Bogolyubov, que não era da mesma craveira (Capablanca tinha um registo de 5-0 contra ele). Alekhine recusou-se mesmo a jogar os mesmo torneios que o seu rival (Capablanca).
No ano de 1935 perdeu o título para Max Euwe, uma derrota que foi atribuída ao consumo abusivo de álcool por parte de Alekhine. Em 1936, visto já não ser campeão do mundo, Capablanca ganhou o torneio de Nottingham, este venceu Alekhine no jogo que disputaram e o torneio (empatado com Mikhail Botvinnik). Após abandonar o vício conseguiu brilhantemente reconquistar o título e mostrar mais uma vez que era o melhor do mundo frente a Euwe em 1937, com uma vantagem confortável.
Durante a Segunda Guerra Mundial, Alekhine jogou em diversos torneios na Alemanha e em territórios ocupados por esta nação. Em 1941 apareceram artigos anti-semitas intitulados Aryan and Jewish Chess, sob o seu nome no Pariser Zeitung. Apesar de investigações intensas, não se conseguiu comprovar se os artigos foram mesmo escritos por Alekhine. Após a guerra foi considerado persona non grata pelos organizadores de torneios.
Alekhine veio a falecer num hotel do Estoril em Portugal, enquanto se preparava para um match para defender o seu título de campeão do mundo contra Botvinnik. Pensa-se que a sua morte, um assunto muito controverso e ainda debatido, se deva ou a um ataque cardíaco, ou a ter sufocado enquanto se alimentava. A este propósito alguns investigadores mais recentes apontam a hipótese de Alekhine ter sido espião (possivelmente alemão) durante a 2ª Guerra e ter sido vítima de homicídio (notar que Lisboa era então uma importante praça giratória da espionagem mundial). A FIDE financiou o funeral, e os seus restos mortais foram transferidos para o Cimetière du Montparnasse, em Paris em 1956.
Alekhine foi o único campeão mundial a reter o título até a sua morte, em uma época em que esse título era tratado como uma propriedade privada do campeão, que podia escolher com quem ele seria disputado.
Alekhine estudava bastante, aparecendo o seu nome associado a várias aberturas. A Defesa Alekhine (1. e4 Cf6 na notação algébrica) é o exemplo mais sonante, também existe o ataque de Alekhine-Chatard (1. e4 e6 2. d4 d5 3. Nc3 Nf6 4. Bg5 Be7 5. e5 Nfd7 6. h4), um sacrifício na Defesa Francesa.

domingo, 1 de junho de 2008

Wilhelm Steinitz


Nome Completo
Wilhelm Steinitz
País
Áustria Estados Unidos
Nascimento
17 de maio de 1836Praga, República Tcheca
Falecimento
12 de agosto de 1900Nova Iorque, Estados Unidos
Campeão Mundial
1886-1894
Wilhelm (mais tarde William) Steinitz foi o primeiro campeão do mundo de xadrez e ficou conhecido pelas suas contribuições para o desenvolvimento de estratégia no xadrez, tendo sido as suas teorias tidas em grande conta por vários jogadores de xadrez, como por exemplo Aaron Nimzowitsch, Siegbert Tarrasch e Emanuel Lasker.
Steinitz foi campeão mundial entre os anos de 1886 e 1894, conservando o título em quatro matches disputados contra Zukertort, Chigorin (por duas vezes) e Gunsberg. Perdeu dois matches com o seu sucessor, Lasker. Steinitz adoptou uma abordagem científica ao estudo do jogo, formulando as suas teorias em termos científicos e formulando também “leis”.
Fora da sua actividade no xadrez, Steinitz praticava sapateado. Numa carta a um amigo pouco tempo antes da sua morte, Steinitz expressou o seu arrependimento por nunca ter desafiado o campeão mundial de sapateado, que na altura era o espanhol naturalizado americano Eduardo Corrochio. O seu amor à dança é um indicador da sua personalidade, um homem de paixões e amante de arte, consumido pelo desejo de competir e vencer.
Steinitz adquiriu a nacionalidade estadunidense a 23 de Novembro de 1888, depois de residir no estado de Nova Iorque durante cinco anos.
Diz-se que nos seus derradeiros dias, Wilhelm Steinitz endoideceu e afirmou que tinha jogado e vencido Deus num jogo de xadrez através de uma linha telefónica invisível. Emanuel Lasker, que arrebatou o campeonato a Steinitz disse numa ocasião, “Eu que derrotei Steinitz irei fazer justiça às suas teorias, e irei vingar os males que sofreu.” Steinitz faleceu pobremente, um facto evidenciado por Lasker, que estava determinado a não seguir pelo mesmo caminho de Steinitz.

Emanuel Lasker


Nome Completo
Emanuel Lasker
País
Alemanha
Nascimento
24 de Dezembro de 1868Berlinchen, Alemanha
Falecimento
11 de Janeiro de 1941Nova Iorque, Estados Unidos
Campeão Mundial
1894-1921
Campeão de Xadrez
Em 1894, Lasker derrotou Wilhelm Steinitz com um resultado de 10 vitórias, 4 empates e 5 derrotas, o que lhe permitiu tornar-se o segundo campeão mundial de xadrez, além disso foi o jogador que manteve este título durante mais tempo, 27 anos. O seu registo de vitórias em torneios inclui vitórias em Londres (1899), São Petersburgo (1896 e 1914) e Nova Iorque (1924).
Em 1921, perdeu o título para o cubano José Raúl Capablanca. Apesar de, um ano antes, Lasker se ter proposto a desistir do título em favor de Capablanca, este quis conquistar o título no tabuleiro.
Em 1933, Emanuel Lasker e a esposa, Martha Kohn, abandonaram a Alemanha (Lasker era judeu e temiam os nazistas) rumo à Inglaterra, e após uma curta estadia na União Soviética acabaram por ir viver para Nova Iorque.
Lasker era conhecido pela sua abordagem “psicológica” ao jogo, por vezes escolhia uma jogada teoricamente inferior para tentar colocar o adversário “desconfortável”. Num jogo famoso contra Capablanca (São Petersburgo em 1914), onde devia ganhar a todo o custo, escolheu uma abertura com propensão para empatar o jogo, o que fez o adversário baixar a guarda e permitiu a Lasker triunfar.
Um dos jogos mais famosos de Lasker é o seu confronto com Bauer (Amesterdã 1889), onde sacrificou ambos os bispos, uma manobra que veio a repetir em vários jogos. O seu nome está associado a algumas aberturas, por exemplo a variação de Lasker do Gâmbito da Dama (1.d4 d5 2.c4 e6 3.Cc3 Cf6 4.Bg5 Be7 5.e3 O-O 6.Cf3 h6 7.Bh4 Ce4).

Outras facetas
Lasker foi um distinto matemático, obtendo seu doutorado em Erlangen sob a orientação de David Hilbert. A sua tese de doutoramento Über Reihen auf der Convergenzgrenze foi publicada na revista Philosophical Transactions em 1901.
Foi ainda filósofo e amigo de Albert Einstein. Também se dedicou ao bridge, jogo em que, à semelhança do xadrez, se tornou um mestre.

Bela combinação

Partida jogada no site do IXC em 2003.